Há um ditado popular que diz:
“O que os olhos não vêem o coração não sente.” Mas que
mentira!
O coração sente e sente muito porque o amor é eterno.
Como disse Carlos Drummond de Andrade no poema O Amor Antigo:
“...aquilo que foi grande e deslumbrante,
... a cada dia surge mais amante.
...Mais triste? Não. Ele venceu a dor e
resplandece...
tanto mais velho quanto mais amor.”
Às vezes me acalmo e aceito, em outros momentos me encho de
raiva,
de mim e de Deus.
Preciso me perdoar e perdoar a Deus,
Sei que Ele não precisa do meu perdão mas eu preciso
que Ele me perdoe.
É que a ferida não sara: vai e volta.
Assim como a onda que em um infeliz dia levou você de mim.
Penso as vezes que foi a maneira tão súbita e arrebatadora!
Há quem diga que quando a despedida de alguém é por doença é
mais fácil aceitar!
Pode ser! Mas acho que não existe despedida fácil!
O que é fácil e sempre será é o meu amor que em tudo me
lembra você.
"Senhor, trata-me bem, por teu nome,
liberta-me, pela ternura do teu amor,
porque dentro de mim, o meu coração está ferido".
Salmo 109.
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