Resignação com Resiliência
Resignação significa se conformar
placidamente à nova realidade. É fato que se conformar com situações não é uma
atitude típica de quem sempre foi à luta: no trabalho, estudo, doença ou por
qualquer outro propósito ou situação.
Mas diante do que hoje temos, o mais
racional é a resignação que, como me falou uma sábia amiga, é bem mais profunda
do que a aceitação. Mas não apenas resignação. É resignação com resiliência.
Resignação remete a uma situação de se
curvar diante de um fato que nos danifica internamente. Precisamos ir além
disso para conseguir reagir. Precisamos de resiliência. Como uma vara de salto em altura, nos
vergamos até o nosso limite e não podemos nos quebrar para ser possível
retornar à forma original, dissipando a energia acumulada que permite o lançamento.
A resignação tem um “quê” de acomodação
que é importante dado que o fato ocorrido é imutável. Mas é também fundamental
a resiliência que leva a uma reação. De fato, se todas as forças da natureza
concorreram e se Deus, que tudo pode, permitiu que nossos amados partissem
antes de nós, a resignação com resiliência é a estratégia para encontrar um
novo caminho e assim conseguirmos viver em paz e prosseguirmos a caminhada.
Se para tudo existe um propósito, de
nada adianta a revolta, a raiva, a amargura ou ressentimento que às vezes se
nos aparecem revestidos de uma capa de saudade. Saudade deve ser algo bom e não
ruim. Ninguém tem saudade de uma topada, ou de uma dor de barriga. Temos
saudade de uma viagem emocionante ou de uma agradável reunião com pessoas
queridas.
Diante de algo tão devastador que nos
aconteceu, é fundamental cultivar a fé em Deus principalmente porque a fé ajuda
a obter a resignação com resiliência e concede a esperança de um reencontro em
um futuro próximo.
Nossos filhos estão bem junto à Torre
Fortificada “O nome do Senhor é Torre
Fortificada à qual o justo se acolhe e está seguro” Provérbios 18:10.
Nós sim é que precisamos nos fortalecer.