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sábado, 8 de setembro de 2012

Agora eu entendi!



Agora eu entendi!
No evangelho de São Lucas (Lucas 10:38-42) tem uma passagem que diz:  
"Indo eles de caminho, entrou Jesus num povoado. E certa mulher, chamada Marta, hospedou-o na sua casa. Tinha ela uma irmã, chamada Maria, e esta quedava-se assentada aos pés do Senhor a ouvir-lhe os ensinamentos. Marta agitava-se de um lado para outro, ocupada em muitos serviços. Então, se aproximou de Jesus e disse: Senhor, não te importas de que minha irmã tenha deixado que eu fique a servir sozinha? Ordena-lhe, pois, que venha ajudar-me. Respondeu-lhe o Senhor: Marta! Marta! Andas inquieta e te preocupas com muitas cousas. Entretanto, pouco é necessário ou mesmo uma só cousa; Maria, pois, escolheu a boa parte, e esta não lhe será tirada."

Nunca entendi a mensagem dessa passagem! Como assim escolheu a melhor parte por não fazer nada? Sempre pensava isso ao ouvir essa passagem do evangelho.

Mas agora, depois de todo esse meu árduo caminho de dor e aceitação, entendi!  A interpretação acredito que possa ser a seguinte: Marta estava ligada às coisas materiais e achava que tudo podia conduzir por si só. Maria por outro lado se dedicou a Deus e colocava tudo em Suas mãos.

Fazendo um paralelo com o nosso caso, isso se refere à postura que adotamos, isto é, podemos tentar elucidar tudo o que aconteceu fisicamente e ficar buscando respostas materiais, como Marta ou entregar tudo a Deus e acreditar, sem maiores explicações, que esse era o momento e a missão preparada por Jesus. É bem mais fácil pensar assim e assim fazendo  ficaremos com a boa parte!

E por mais paradoxal que pareça pensar dessa forma é racional. É um caminho racional de satisfazer à necessidade básica de continuar trabalhando, se relacionando, enfim, vivendo. É uma escolha de vida baseada na classificação por ordem de preferência como nós economistas bem sabemos. É  economicamente racional privilegiar a escolha com o menor custo de oportunidade associado e o uso alternativo do nosso limitado tempo em lamentos, desinteresse pelo que faz parte das nossas atribuições e tristeza infinita, não é racional.  O que ocorreu não foi escolha nossa mas ter fé e acreditar que tudo faz parte do Plano de Deus é escolha nossa. É a escolha certa.

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