Yesterday by Iel

segunda-feira, 18 de setembro de 2023

TORNANDO RACIONAL

Hoje meu primogênito faria 40 aninhos! Seria uma festa com bolo e abraços. Mas há pouco mais de 11 anos não temos mais essa alegria. E para não passar o dia triste resolvi aplicar na pratica o que tenho lido. Essa saudade que me abate e rouba minha mente precisava ser racionalizada e assim fiz, com perguntas e respostas para mim mesma: 

O que é a pior coisa que pode acontecer a uma mãe? 

A perda de um filho. Realmente a teoria do prospecto diz que pessoas odeiam e fazem tudo para evitar a perdas (embora muitas vezes não consigam). Faço parte do grupo "mães de anjo" e uma das mais sábias delas @evelucia um dia me disse algo que me fez pensar "existe algo pior do que perder um filho: ver um filho sofrer". De fato na perspectiva de um investidor ou na vida cotidiana, perder é realmente muito sentido e como afirma Daniel Kahaneman "a intensidade da perda é duas vezes maior do que s intensidade do ganho". Concordo,  mas "mãe" é um ser realmente diferente. A perda é realmente terrível, mas ver um filho sofrendo acredito ser ainda mais terrível. Com base nisso pensei assim: meu filho não sofre, então não faz sentido eu sofrer por ele. Além disso, se eu acredito em Deus e na vida eterna, como de fato acredito, ele está na felicidade eterna, então além de não sofrer ele esta feliz. 

Mas será mesmo que existe Deus e vida eterna?

Eu acredito que existe porque para dizer que não existe eu teria que ser conhecer todos os mistérios do universo. E como existem "mistérios" é porque ninguém, de fato sabe tudo. Então é racional acreditar e ter fé que tudo não acaba aqui. Voltando à pergunta anterior, mesmo que a pior coisa que aconteça com uma mãe seja a perda de um filho, com a fé na vida eterna e no reencontro, não existiu de fato uma perda definitiva.

E quanto à minha saudade, o que faço com ela? 

Bem, ninguém tem saudade de algo ruim, só se tem saudade do que é bom porque marcou positivamente e esse é o caso. Além disso,  ter boas recordações é bom e faz bem. Então transforme essa saudade em gratidão por ter tido e vivido.

E o que faço com o sentimento do que poderia ter sido e não foi? 

Pensamentos do tipo "e se  meu filho hoje estivesse com família constituída, filhos e como pianista bem conceituado?" só não fazem sentido porque "e se" não existe. Já tive o que existiu de fato: UM FILHO AMOROSO, INTELIGENTE, DEDICADO AOS ESTUDOS, QUERIDO POR TODOS, LINDO E EXTREMAMENTE PRESTATIVO E BONDOSO. E isso guardo para sempre em minha memória e em meu coração. 

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