Logo após
a prematura ida do meu amado filho para os braços do Pai, resolvi escrever este
blog que é acessado diariamente por centenas de pessoas de várias partes do mundo. Como deixo meu e-mail
no blog, costumo receber, também diariamente diversos e-mails de mães e pais
que contam suas histórias de amor e dor e que eu, como alguém que bem conhece
esse tortuoso caminho, me sinto honrada em poder compartilhar meus sentimentos
e oferecer minha humilde experiência em busca da paz.
Recebi a mensagem
que transcrevo a seguir de uma mãe chamada Sonya Brown que me autorizou a
divulgação. Pela escrita, acredito que seja dos Estados Unidos que é o segundo
país que mais visita o site, seguido da Alemanha, Russia, Portugal, Ucrânia e
França.
A querida amiga de dor e
amor compartilhou a linda história que agora divido com todos vocês:
“Eu perdi o meu filho de 16 anos em um acidente de carro
há 23 meses. A
dor que tenho certeza que você entende é tão grande que ainda é difícil
respirar. Eu
gostaria de compartilhar com vocês algo que me iluminou um pouco. Em
31 de março deste ano, eu quase perdi a minha filha em um acidente de carro. Como você pode imaginar eu
fiquei devastada. Ela
sofreu vários traumatismos, teve o pescoço quebrado, que poderia tê-la matado, a
pélvis quebrada, assim como ambas as pernas além de ruptura na bexiga e arteria
esmagada. Nenhum
médico poderia acreditar que ela não só ficaria viva mas também sem nenhum tipo
de paralisia. Eu só posso acreditar que o meu filho a protegeu. Ela
estava em coma induzida e eu sabia que se ela pudesse, iria lutar para ficar
bem. Ela
assistiu a todo meu sofrimento com a perda do seu irmão e eu sabia que ela não
me deixaria passar por isso novamente. Mais de uma vez os médicos me disseram
que ela não resistiria. 10 é a data em que eu perdi o meu filho. É uma data,
a cada mês, que eu me lembro que perdi meu filho. Enquanto
eu estava no hospital, percebi que isso aconteceu por um motivo, eu havia
ficado longe de todo mundo e criado um mundo em torno de mim mesma como se ele
não tivesse ido embora e havia negligenciado as pessoas que eu amo que ainda
estavam aqui e precisavam de mim. Assim,
no dia 9 de abril, eu segurava a mão da minha filha e olhei para cima e liberei
a alma de meu filho, decidi sair do meu mundo particular que só tinha lugar
para ele porque entendi que minha filha precisava de mim e não havia nada que
eu pudesse fazer nesta terra para o meu filho. Eu tinha que acordar para a
realidade das coisas que eu não poderia mudar e me concentrar nas coisas que eu
poderia. Minha
filha acordou naquela noite e no dia seguinte eu ouvi as palavras: mãe eu te
amo. Foi o 10. Então um dia que significava
a morte agora significava vida. Esse
era o seu presente. Eu acredito que era sua
maneira de me ajudar. Esta
foi a foto que ficou em minha mente, é o lugar onde meu filho perdeu a vida. Eu fiz um
paralelo do acidente dele com o dela, quando recebi o telefonema. Eu
tantas vezes me perguntei o que aconteceria
se ele tivesse sobrevivido, e se eu poderia ajudá-lo a se curar, como eu teria
lidado com isso? Ele teria sido
forte? E eu me
encontrei na postion saber. Sim, eu
posso lidar com isso. Em menos de dois anos
dois filhos, dois acidentes. Eu
sei o que é tragédia, eu sei o que é dor. Mas também sei que o que é esperança. E
eu sei que, mesmo que eles tenham ido, eles estão sempre por perto quando realmente
se precisa deles. Esse
é o maior sentimento em meu coração, que ele foi capaz de me mostrar.”
Esse relato transmite o que tenho sentido: nossos filhos tem muito
prestígio com Deus e são nossos anjos, quando realmente precisamos!
Um carinhosos abraço em você Sonya e em todos os queridos amigos de dor e
amor que acompaham www.ielnossoanjo.blogspot.com.
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